1) (Fuvest) “...o desejo de dar uma forma e um estilo ao sentimento não é exclusivo da arte e da literatura; desenvolve-se também na própria vida: nas conversas da corte, nos jogos, nos desportos... Se, por conseguinte, a vida pede à literatura os motivos e as formas, a literatura, afinal, não faz mais do que copiar a vida.” (JohanHuizinga, O Declínio da Idade Média).
Na Idade Média essa relação entre literatura e vida foi exercida principalmente pela
a) vassalagem
b) guilda
c) cavalaria
d) comuna
e) monarquia
2) (FUVEST) “A instituição das corveias variava de acordo com os domínios senhoriais, e, no interior de cada um, de acordo com o estatuto jurídico dos camponeses, ou de seus mansos [parcelas de terra].” Marc Bloch. Os caracteres originais da França rural, 1952.
Esta frase sobre o feudalismo trata
a) da vassalagem.
b) do colonato.
c) do comitatus.
d) da servidão.
e) da guilda.
3)(UFTM) A formação do sistema feudal, dominante principalmente nos territórios do Império Carolíngio, durante a Idade Média, esteve ligada
a) à integração de instituições romanas e germânicas, tais como o colonato e o Comitatus.
b) ao fim da importância das leis baseadas nos costumes e aos ataques vikings.
c) às constantes invasões dos bárbaros germânicos, que levaram à queda do Império Bizantino.
d) à decadência do escravismo romano e ao gradativo processo de êxodo rural.
e) ao fortalecimento do poder real, devido à distribuição de benefícios aos guerreiros fiéis.
4) (UP)Se a mania de fechar, verdadeiro habitus da mentalidade medieval nascido talvez de um profundo sentimento de insegurança, estava difundida no mundo rural, estava do mesmo modo no meio urbano, pois que uma das características da cidade era de ser limitada por portas e por uma muralha. DUBY, G. et al. “Séculos XIV-XV”. In: ARIÈS, P.; DUBY, G. História da vida privada da Europa Feudal à Renascença. São Paulo: Cia. das Letras, 1990 (adaptado).
As práticas e os usos das muralhas sofreram importantes mudanças no final da Idade Média, quando elas assumiram a função de pontos de passagem ou pórticos. Esse processo está diretamente relacionado com:
a) o crescimento das atividades comerciais e urbanas.
b) a migração de camponeses e artesãos.
c) a expansão dos parques industriais e fabris.
d) o aumento do número de castelos e feudos.
e) a contenção das epidemias e doenças.
5) (UP) Com a ruralização, a tendência à autossuficiência de cada latifúndio e as crescentes dificuldades nas comunicações, os representantes do poder imperial foram perdendo capacidade de ação sobre vastos territórios. Mais do que isso, os próprios latifundiários foram ganhando atribuições anteriormente da alçada do Estado. (FRANCO, Hilário Jr. O feudalismo. São Paulo: Brasiliense, 1986. Adaptado.)
A característica do feudalismo mencionada no fragmento é:
a) o desaparecimento do poder militar, provocado pelas invasões bárbaras.
b) a fragmentação do poder político central.
c) o aumento da influência política e financeira da Igreja Católica.
d) a constituição das relações de escravidão.
e) o estabelecimento de laços de servidão e vassalagem.
6) (UP) [Na Idade Média], chamava-se ‗lepra‘ a muitas doenças. Toda erupção pustulenta, a escarlatina, por exemplo, qualquer afecção cutânea passava por lepra. Ora, havia, com relação à lepra, um terror sagrado: os homens daquele tempo estavam persuadidos de que no corpo reflete-se a podridão da alma. O leproso era, só por sua aparência corporal, um pecador. Desagradara a Deus e seu pecado purgava através dos poros. (DUBY, Georges. Ano 1000 Ano 2000. Na pista de nossos medos. São Paulo: Unesp, 1998.)
O texto mostra a associação entre doença e religião na Idade Média. Isso ocorre porque os homens do período:
a) abandonaram o conhecimento científico, acumulado na Antiguidade, sobre saúde e doença; daí a época medieval ser apropriadamente chamada de ― "era das trevas".
b) recusavam-se a admitir que as condições de higiene então existentes fossem inadequadas e preferiam criar explicações astrológicas para os males que os afligiam.
c) estigmatizavam os portadores de doenças e os isolavam, ao contrário do que ocorre hoje, quando todos os doentes são aceitos no convívio social e recebem tratamento adequado.
d) eram marcados pelo imaginário cristão, que apresentava o mundo como um espaço de conflito ininterrupto entre forças divinas e forças demoníacas.
e) rejeitavam a medicina, pois a associavam a práticas mágicas e a curandeirismo, preferindo recorrer a exorcistas a aceitar os tratamentos prescritos nos hospitais.
7) (UEPB) A estruturação do feudalismo se fez em meio a guerras contínuas, decorrentes das invasões dos bárbaros e de suas constantes disputas pelo poder. Foi
nessas circunstâncias que se formou a cavalaria medieval.
Sobre a figura do cavaleiro é correto afirmar:
a) O servo podia ter acesso à Ordem da Cavalaria, já que não necessitava ter grande posse de bens para ser um cavaleiro.
b) Por ser um guerreiro, não era abençoado pela Igreja, diminuindo o seu prestígio social e por esta razão tornou-se mais popular.
c) Tinha o ideal de honra, lealdade e heroísmo, configurando-se em um mito – o de protetor dos fracos, dos injustiçados, das viúvas – um herói de sua época.
d) Não podia possuir terras, era um especialista no uso das armas e devia viver exclusivamente dedicado ao treinamento e ao serviço militar.
e) A coragem e a honra eram valores indispensáveis, embora não fosse obrigado ao juramento de fidelidade ao seu senhor.
8) (UEPB) “A conversão da Europa (ao cristianismo), durante a Alta Idade Média, se desenvolve sob o signo do conflito entre potências: o duelo entre Cristo e as divindades pagãs.” (Carlos Roberto F. Nogueira, Bruxaria e História. p. 7 )
Sobre a estratégia cristã no processo de cristianização é correto afirmar:
a) As festas pagãs eram proibidas e abolidas radicalmente do meio social, como também os antigos sacrifícios.
b) Os ídolos pagãos eram destruídos, mas não os lugares sagrados onde se encontravam. Estes eram purificados com água-benta, e em seguida aí se edificavam altares cristãos e se instalavam relíquias.
c) A magia e a feitiçaria foram práticas aceitas e incorporadas ao mental coletivo cristão durante todo o período medieval.
d) A necessidade de controlar com maior atenção as práticas mágicas levou os homens da Igreja a visualizar nestas a evidência direta da presença de Cristo.
e) Na perspectiva de São Tomás de Aquino, a superstição era uma virtude da religião, incluindo nesta as práticas mágicas.
9) (UEPB) “Atualmente mal se consegue distinguir entre os trabalhadores permanentes, isto é, aqueles que têm um trabalho no início do ano e que nele permanecem até o fim do ano, e aqueles que têm apenas contratos com duração determinada. Para os assalariados dos séculos XIII e XIV, seria possível estabelecer a proporção entre uns e outros? Hoje se chega, na Alemanha, a uma taxa de 50% e, na França, a uma taxa de apenas 60% a 70% de trabalhadores permanentes.” (Le Goff. Por amor às cidades. UNESP. p. 47)
Em relação ao trabalho na Idade Média é correto afirmar:
a) Não existiam trabalhadores, na Idade Média, que não fizessem parte das coorporações, por esta razão não havia uma população urbana marginal pobre e miserável nas cidades medievais.
b) A partir do século IX, a difusão, em toda a cristandade, da regra de São Bento, inibiu o trabalho manual, símbolo de condenação para os cristãos.
c) Os curtidores, ferreiros e padeiros estavam condenados a viver na ociosidade, pois não era permitido desenvolver suas atividades nas cidades medievais, mas apenas no âmbito dos feudos.
d) Devido ao sistema feudal, na Idade Média, as atividades de construção e tecelagem não tiveram condições de serem desenvolvidas. A produção têxtil era para consumo e só podia ser realizada pelos homens.
e) Até a crise do século XIV, o pleno emprego predomina, mais ou menos, na cidade medieval, e se o pobre deve recorrer à mendicância, esta é, se não louvada, ao menos reconhecida. Na Igreja, as novas ordens do século XIII, dominicanos e franciscanos denominam a si mesmas ordens mendicantes.
10) (UEPB) No decorrer do século XIV, ocorreu na Europa uma epidemia conhecida como Peste Negra. Sobre essa epidemia é correto afirmar:
a) Tendo como principal causa as relações comerciais com o Oriente,
a Peste Negra ocorreu exclusivamente nas repúblicas italianas: Gênova, Florença e Veneza.
b) Dizimou um terço da população urbana, favorecendo as relações feudais e o desenvolvimento econômico com base em relações servis de produção.
c) A concentração urbana e a falta de higiene favoreceram a propagação da epidemia, que foi entendida como castigo divino devido ao pecado. Na desordem social causada pelos efeitos das doenças foram apontados os maiores culpados: os leprosos, os judeus e os estrangeiros.
d) A Igreja não entendia a epidemia como castigo divino, mas apontava a concentração urbana e a falta de higiene como principais fatores da doença.
e) Foi entendida como doença proveniente das ratazanas das embarcações comerciais que chegavam à Europa, a peste bubônica, e não houve explicações sobrenaturais e preconceituosas.
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