01 (MACK) Não foram os
brasileiros os agentes iniciais da independência, nem precisavam sê-lo. Em
1820, era muito mais Portugal que precisava reconquistar o Brasil que este a
necessitar de uma separação. A Nação
Mercantilista - Jorge Caldeira O texto se reporta a um importante fato que tem,
pelas suas conseqüências, relação direta com nossa Independência em 1822.
Assinale-o nas alternativas abaixo.
a) A invasão de Portugal em 1820 por tropas napoleônicas e a fuga da
corte para o Brasil.
b) O declínio da economia brasileira entre 1808 e 1821, daí o interesse
português em recuperá-la.
c) A inversão brasileira, resultado do progresso entre 1808 e 1821,
tendo em contrapartida a decadência da economia portuguesa, fatos que
provocaram a Revolução do Porto de 1820, com claros objetivos de recolonizar o
Brasil.
d) Como D. João VI após a Revolução do Porto recusa-se a voltar para
Portugal, desencadeou-se uma revolta da população brasileira pela
Independência.
e) A Revolução do Porto de 1820, essencialmente liberal, não tinha
pretensões mercantilistas em relação ao Brasil.
02 (UNIFOR) Considere o texto que segue, sobre o processo de
Independência do Brasil.
"Não se veja neste episódio, contudo uma simples parada, uma festa,
pois foi o coroamento de luta pelo menos desde o século XVII, com o custo de milhares de vidas. Se não houve
aqui batalhas vistosas da guerra pela emancipação das colônias espanholas,
houve muito protesto individual e organizado, nas tentativas de liberdade (...)
Se as províncias do Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo dirigiram o
processo, houve a colaboração das demais. Em algumas, houve luta contra a idéia
de ruptura com Portugal. Sobretudo nas províncias de alta população portuguesa,
nas quais só se admitiu a independência após combates e conversações (...) Dom
Pedro conseguiu subjulgá-las (...), em fins de 1823, todas as províncias
formavam em torno do ex-regente, agora no trono." (Francisco Iglesias. Trajetória
Política do Brasil. São Paulo: Cia das Letras, 1993. p. 115)
Conforme o texto, pode-se afirmar que
(A) a independência do Brasil foi um processo de lutas políticas e
militares, ocorridas sobretudo nas províncias com predomínio de população
portuguesa que resistiu à unificação do Brasil durante o governo de Dom Pedro
I.
(B) o processo de independência do Brasil não teve a violência típica
dos processos similares das colônias espanholas, sendo caracterizado
principalmente por uma articulação política entre as elites, sem o alcance de
efetivos resultados políticos.
(C) a independência não foi produto de uma guerra, como na América
espanhola, pois Portugal pouco resistiu à independência do Brasil, uma vez que
a Coroa se contentou com o fato de que um príncipe português seria o novo
Imperador brasileiro.
(D) o processo de independência, mesmo não sendo caracterizado por uma
guerra generalizada e longa, não foi tão pacífico quanto se acredita, sendo
marcado por uma série de protestos contra a dominação portuguesa, articulações
políticas entre as províncias próximas da capital e lutas militares
localizadas.
(E) as províncias rebeldes citadas no texto, a partir de 1823, formavam
em torno de Dom Pedro I uma aliança
para impedir a hegemonia política das elites do Rio de Janeiro, de São Paulo e
de Minas Gerais no governo do novo país independente.
03 (PUC) Um dos fatores que concorreram para o insucesso das
medidas à indústria, tomadas durante a permanência de D. João VI no Brasil, foi
certamente:
a) A inexistência de condições técnicas, fruto do predomínio do trabalho
escravo.
b) O caráter restrito e fragmentado do mercado externo.
c)
A preferência dos consumidores pelos produtos
importados.
d) As tarifas preferenciais concedidas à Inglaterra.
e) A Abertura dos Portos do Brasil.
Texto 1
“O Governador de Paris,
primeiro Ajudante de Campo de sua Majestade o Imperador e Rei, General em
Chefe, Grande Cruz da Ordem de Cristo de Portugal.
Habitantes de Lisboa.
Meu exército vai entrar em
Vossa cidade. Vem para salvar vosso porto e vosso Príncipe da influência da
Inglaterra. Mas este Príncipe, tão digno de respeito por suas virtudes,
deixou-se levar pelos conselhos de alguns indivíduos maus que o cercavam e
lançou-se aos braços de seus inimigos(...).
Habitantes de Lisboa,
permanecei tranqüilos em vossas casas; não temais nem a meu exército nem a mim;
somente os vossos inimigos e os homens maus devem temer-nos.
O Grande Napoleão, meu senhor,
envia-me para vos proteger; eu vos protegerei.
Junot. Gazeta
de Lisboa, 4/12/1807.”
Texto 2
“Tenho a honra de anunciar-lhe
que o Príncipe Regente de Portugal tomou a sábia e magnânima decisão de
retirar-se de um reino em que não mais pode conservar exceto como vassalo da
França; e que Sua Real Majestade e família acompanhada pela maioria de seus
navios de guerra, e por uma multidão de súditos fiéis e de partidários deixaram
hoje Lisboa, encontrando-se agora a caminho do Brasil, sob escolta de uma
esquadra britânica”.
Carta de
27/11/1807, de Lord Strangford a Canning.” (In:
HOLLANDA, Sérgio Buarque de. História do Brasil: das origens à Independência.
4ª ed. São Paulo: Nacional, 1975)
De acordo com os
textos e seus conhecimentos,
(a) Identifique
as duas potências europeias em conflito, que interferiram diretamente sobre a
política portuguesa e explique uma motivação desse conflito.
(b) Estabeleça
uma relação entre o confronto inferido nos documentos e a descolonização
política latino-americana.
06- A transferência da Família Real
portuguesa para o Brasil, no início do século XIX, deflagrou um conjunto de
transformações, pondo fim, de acordo com vários historiadores, ao período
colonial. Dentre estas transformações, assumiu destaque o fim do monopólio
exercido pelos comerciantes portugueses, em decorrência da carta-régia de
Abertura dos Portos (1808) e dos Tratados de Aliança e Amizade e Comércio e
Navegação, firmados com a Inglaterra (1810).
Tendo como referência o texto acima:
a) Indique uma razão por que é
possível associar o ato de abertura dos portos ao final do período colonial da
formação brasileira.
b) Explique por que
os Tratados de 1810 significaram, na prática, a substituição do monopólio
exercido pelos comerciantes portugueses pelo dos comerciantes ingleses.
Comentários